08 junho 2006 

Mais quotas ...

Ainda em relação às quotas, mas desta vez para prafazear um post, que me deixou com "a pulga atrás da orelha.

É que não deixa de ser um bom pedido de explicação.

Existirá por ai algures uma dualidade de critérios?

"Com tantos argumentos em defesa do mérito dos deputados e contra as quotas, fiquei convencido.

E cada vez que alguém criticar um candidato "pára-quedista", que se candidate a um circulo regional e seja de outro, serei o primeiro a vir em sua defesa.

Contra as quotas regionais, queremos apenas os melhores.

Agora sim o Parlamento vai ser todo de Lisboa e, vá lá, com alguns do Porto.

E a malta de Braga, de Aveiro e de Beja que se lixe.

Só vão para o Parlamento se forem mesmo, mesmo, mesmo os melhores.

Não é lá por serem da terra que mercem mais do que outro qualquer.

Não é assim?"

Fonte: blog Arrastão

 

A minha alma está parva......

Sei que quem não me conhece, poderá entender com este post, ou pelo menos com o titulo, que não será só a minha alma, mas ainda assim estou sem palavras.

Zarqawi has been killed in a U.S. air raid on a house in Baghdad.

Al-Zarqawi morto no Iraque

As imagens da conferência de imprensa dos EU, são no minimo impressionantes.

Atão é assim que se resolvem os problemas, por mais graves que sejam?????

Não existem super forças, super policias, super sistemas de informação, super equipas, super equipamentos, super estratagemas que dessem para resolver o problema?

É realmente necessário isto?????????????

Só uma ultima pergunta, será que só morreu ele? Não havia por ali povo?

E já agora, tenham atenção ás reportagens (pelo menos na Sic Noticias) e vejam a parte da saida às ruas de jovens e crianças em relação aos jornalistas ao que estavam a noticiar.

05 junho 2006 

Quotas - Paridade (II)

Da mesma maneira como tive um post sobre minha concordância sobre o projecto de lei, tenho de ter sobre o veto que agora foi apresentado pelo Sr. Presidente da Republica.

Assim deixo-vos aqui o que realmente foi "dito", nada mais, nada menos, sem a interferência da nossa comunicação social.

Resta-me acrescentar que também eu não concordei com o elevado peso das sanções que a nova lei iria aplicar (inviabilização das listas), pois também sou de uma "terrinha" onde a participação cívica é cada vez mais difícil e complicada de "arranjar", mas, volto a afirmar, se não formos "obrigados" (e sei que esta não é de todo a melhor palavra para empregar) nunca por nunca ser vamos considerar a (boa) opção de trazer 1/3 de elementos do outro sexo para a actividade politica.

Penso que a solução passará por definir os casos onde o não cumprimento do articulado possa não inviabilizar a candidatura das respectivas listas, pois há coisas que são diferentes, uma é termos de cumprir 1/3 e outra é não ser possível cumprir 1/3 de géneros nas listas.

"Mensagem do Presidente da República à Assembleia da República, a propósito do Decreto nº 52/X (Lei da Paridade)

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República

Excelência

I. Recebi para ser promulgado sob a forma de lei orgânica o Decreto nº 52/X da Assembleia da República, designado por “Lei da Paridade”, o qual “Estabelece que as listas para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as Autarquias Locais são compostas de modo a assegurar a representação mínima de 33% de cada um dos sexos”.

Trata-se de um diploma estruturante do funcionamento da democracia representativa e relevante para o exercício de direitos e liberdades políticas fundamentais, reclamando, por essa mesma razão, um escrutínio particularmente atento por parte do Presidente da República.

Considero um pilar fundamental da qualidade da democracia portuguesa o aumento da participação das mulheres na vida política.

Como tal, à luz das disposições do artigo 109º da Constituição, entendo constituir uma obrigação do legislador, tanto a remoção de discriminações negativas em razão do sexo no acesso a cargos políticos, como, também, a promoção da igualdade no exercício de direitos políticos.

Contudo, a legitimidade dos valores a proteger e dos fins a alcançar através de medidas positivas que promovam a paridade não justifica a utilização de todo o tipo de meios para os atingir. Isto, sobretudo, se os mesmos meios comprimirem desproporcionadamente e sem fundamento material razoável, outros valores de relevo político e constitucional que mereçam ser acautelados.

Tal é, claramente, o caso do artigo 3º da “lei da Paridade”.

II. A objecção de fundo que coloco ao mérito do diploma centra-se, precisamente, na circunstância de o seu artigo 3º, ao prever a possibilidade de rejeição das listas de candidaturas desconformes com o respectivo preceituado, se afigurar como um regime sancionador excessivo e desproporcionado e, como tal, desadequado para preencher os fins prosseguidos pela mesma legislação.

O carácter excessivo e desproporcionado do meio consagrado deriva da circunstância de o mesmo:

- Constituir uma severa restrição à liberdade e ao pluralismo de opções que inerem à democracia representativa, na medida em que pode impedir que certos partidos ou listas de candidaturas eleitorais, que não aceitem ou que não possam cumprir com os rígidos critérios do diploma, sejam impedidos de concorrer a eleições;

- Interferir, de forma exorbitante, na liberdade e identidade ideológica de cada partido relativamente à matéria da paridade e limitar a sua autodeterminação política interna em poder organizar as listas de candidatos de acordo com a vontade dos respectivos órgãos eleitos democraticamente;

- Restringir, sem fundamento razoável, a liberdade de escolha do eleitorado relativamente às listas de candidatos, mediante uma inclusão artificial e forçada em lugares elegíveis de candidaturas desconhecidas ou não desejadas, de um ou de outro sexo;

- Dificultar, desnecessariamente, a constituição de listas nas eleições locais onde, em certas áreas menos povoadas do interior e com elevado índice de envelhecimento (nas quais não seja aplicável a excepção do nº 4 do artº 2º do decreto), se torna problemático recrutar candidatos dentro dos estritos limites da representação de género impostos pelo diploma;

- Petrificar um regime limitativo da liberdade política já que, sendo a fixação de índices de representação em razão do sexo uma medida naturalmente transitória destinada a inverter situações de sub-representação de género, se verifica que no diploma inexiste qualquer cláusula com esse carácter transitório, ficando um regime restritivo que por natureza deveria ser temporário envolvido na rigidez própria das leis orgânicas;

- Forçar a passagem súbita de um sistema que não prevê índices mínimos de representação de género na apresentação de candidaturas eleitorais, como o actual, para um dos regimes mais dirigistas da Europa, o qual vai ao ponto de admitir a proibição da apresentação de partidos ou de listas de candidaturas a eleições.

Para além das razões expostas, considero, ainda, que carece de sentido, em termos de necessidade, a opção de criar uma das disciplinas sancionatórias mais rigorosas em matéria de representação de género de entre os Estados da União Europeia, sem que se tenha, previamente, intentado esgotar outras soluções adoptadas por vários desses Estados que correspondem às melhores práticas e que se revelam mais afeiçoadas à liberdade política.

III. A dignificação dos direitos políticos das mulheres constitui uma prioridade constitucional que deve ser atingida através de meios adequados, progressivos e proporcionados e não por mecanismos sancionatórios e proibicionistas que concedam às mulheres que assim acedam a cargos públicos um inadmissível estatuto de menoridade.

Do mesmo modo, importa fazer primar os valores fundamentais da liberdade e do pluralismo na selecção, apresentação e votação dos candidatos a eleições políticas, sobre uma opção penalizadora destinada a alcançar, mediante sacrifícios e restrições excessivas, uma paridade de género que poderia ser atingida por meios mais razoáveis.

Assim, ao abrigo da alínea b) do artigo 134º da Constituição da República e nos termos e para os efeitos do disposto no nº 1 do artigo 136º da CRP, decidi não promulgar como lei orgânica o Decreto nº 52/X da Assembleia da República, solicitando, pelos fundamentos apresentados, uma nova apreciação do diploma.

Com elevada consideração."

Vamos esperar pelo novo projecto e ver as novidades.

10 abril 2006 

Download's da Internet

Ora aqui está um post que já deu que falar.

Concordo, em grande parte com este ponto de vista, e por isso o reproduzo aqui.

Não sem antes fazer a respectiva referência ao seu (do post , o qual transcrevo) "autor", assim como ao autor do texto (que infelizmente não consegui encontrar, mas aqui fica a minha homenagem).

" Quem já não ouviu isto nas noticias?

As multas poderão ir até aos 5000 euros, quem for "apanhado" a roubar músicas da Internet...

Pois bem, é altura de acalmar o pânico de milhares de pessoas e de pais preocupados com o que os filhos fazem no computador.

1º - Os chamados "processos" vão ser criados pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) e/ou pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).

Neste ponto, há uma coisa que deve ser clara: nenhuma destas instituições tem autoridade para passar multas a quem quer que seja.

O objectivo (imoral) é assustar os utilizadores de Internet e levá-los a pagar uma indemnização até 5000 euros, ou será levado a tribunal.

Isto pode ser visto como chantagem, uma vez que ou pagamos, ou levamos com um processo.

Estas empresas que vão enviar as tais cartas, não estão a agir através de um processo judicial (pois seria muito dispendioso processar individualmente milhares de pessoas) mas sim através de um processo civil.

Que relevância jurídica tem isto?

Nenhuma! Simplesmente ameaçam as pessoas e metem medo.

Se alguma pagar, melhor. Se ninguém pagar, encolhem os ombros e passam ao próximo.

De facto há leis em Portugal, mas não são estas empresas que as escrevem.

2º - Onde está essa informação, e quem decide que valor é que se vai pagar?

Em Portugal só há uma maneira de obrigar as pessoas a pagar multas ou indemnizações: o tribunal! Como o Bill Gates disse: "O nosso computador é tão confidencial como a nossa conta bancária".

Sem processo em tribunal, ninguém (nem mesmo estas entidades) podem acusar, vigiar, espiar, exigir, passar multas, pedir indemnização, ter acesso ao vosso computador, ou "consultar" que downloads fazem.

3º - Para os menos entendidos, quem tem ligação à Internet, liga-se através de um IP (ex. 255.255.255.255) e mais nenhuma informação é transmitida (e atenção a isto).

Quem mantém o registo a quem pertence cada IP ligado, é apenas a empresa de Internet a quem contraram o serviço (ex. Netcabo, Cabovisão, Sapo, Clix, etc.).

Neste caso, só com um processo judicial é que a vossa informação confidencial é disponibilizada. Ou seja: receberam uma carta a pedir uma indemnização.

Muito bem, há processo judicial a decorrer em tribunal? Não? Então a carta não vale nada.

E se quiserem ir mais além, contactem o vosso fornecedor de Internet e perguntem como é que a determinada instituição obteve os vossos dados, sem autorização do tribunal.

E se ainda quiserem ir mais além, iniciem um processo contra o vosso fornecedor de Internet, ou contra a instituição que vos "ameaçou".

4º - Quem faz download de qualquer tipo de ficheiros da Internet (seja musica, filmes, fotografias) é apelidado de "pirata informático" pela comunicação social.

Mas há uma grande diferença entre fazer download e desfrutar desse mesmo download no conforto da vossa casa, e de fazer download de filmes e música e ir vender para a feira da ladra, ou qualquer outro local.

Quem lucra com estes negócios de downloads para vender posteriormente, é que deve ser apelidado de pirata informático.

Ou será que quando se gravava as telenovelas e os filmes da televisão em cassetes, também era chamado de pirata da televisão?

É exactamente a mesma coisa.

Em vez de copiarem da televisão, copiam da Internet.

5º - Neste momento, em Portugal não há nenhuma lei relativamente à pirataria informática (pelo menos explícita) e em que base se suporta, ou que diferenças existem entre consumo próprio ou para venda.

Da mesma maneira que não há qualquer precedente de tal situação.

Todos aqueles anúncios no cinema, nunca deram em nada nem nunca ninguém foi preso.

Eram só campanhas!

6º - Se estivessem a infringir alguma lei, acham que seriam enviadas cartas para pararem com os downloads e a serem convidados a pagarem de livre vontade?

Também ninguém manda cartas a um ladrão para parar de roubar no metro e entregar-se na esquadra mais próxima, ou a um assassino para parar de matar os vizinhos com a caçadeira, e para se dedicar à agricultura.

É absurdo! Se neste país nem uma pessoa que viola crianças vai presa, quanto mais nós que nos recusamos a pagar multas!

Tirar músicas da Internet dá multa até 5000 euros.

E andar a 120km/h dentro de uma localidade dá 500 euros? Passar um sinal vermelho menos que isso? Desencadear um acidente em cadeia na auto-estrada porque se bebeu demais fica-se sem carta? Acham justo?

Tirar músicas da Internet é que é mau para a sociedade, e os perigosos somos nós, não?

7º - Recentemente em França foi aberto um processo pelas indústrias e editoras similar a este, e até foi feita uma petição em tribunal para ser criada uma lei que punisse quem fizesse downloads da Internet.

No entanto, o Juiz recusou-se alegando que se estaria a violar a divulgação cultural.

Temos o direito de experimentar o produto antes de o comprar, ou não?

8º - Quem acham que perde com isto tudo? O terror instala-se, as pessoas começam a parar de fazer downloads, e a Internet em casa passa a ser usada para ver páginas e ler o e-mail.

Quem precisa de grandes velocidade para isso?

Ninguém...assim os consumidores começam a cancelar a Internet, ou a passar para uma mais barata.

E quem sofre?

O fornecedor de Internet.

9º - Há vários cantores e grupos de música nacionais que culpam a "pirataria" das baixas vendas que os seus álbuns conseguem no mercado.

Esta é a lista de vários artistas que lutam contra a pirataria:

  • Ágata,
  • Agrupamento Musical Diapasão,
  • Aldina,
  • Alfredo Vieira de Sousa,
  • Ana Moura,
  • António Cunha (Uguru),
  • António Manuel Ribeiro,
  • António Manuel Guimarães (Magic Music),
  • Banda Lusa,
  • Blasted Mechanism,
  • Blind Zero,
  • Bonga,
  • Boss AC,
  • Camané,
  • CantaBahia,
  • Carlos do Carmo,
  • Carlos Maria Trindade,
  • Carlos Tê,
  • Clã,
  • Cristina Branco,
  • Da Weasel,
  • Danae,
  • David Fonseca,
  • Dealema,
  • Delfins,
  • DJ Vibe,
  • Dulce Pontes,
  • Emanuel,
  • Expensive Soul,
  • Fernando Rocha,
  • Filipa Pais,
  • Fingertrips,
  • FNAC,
  • GNR,
  • Gutto,
  • Iran Costa,
  • Íris,
  • Jaguar Band,
  • João Afonso,
  • João Gil,
  • João Monge,
  • João Pedro Pais,
  • João Portugal,
  • Jorge Cruz,
  • Jorge Palma,
  • José Mário Branco,
  • Liliana,
  • Lúcia Moniz,
  • Luís Cília,
  • Luís Represas,
  • Luísa Amaro,
  • Mafalda Veiga,
  • Manuel Faria,
  • Manuel Freire,
  • Manuel Paulo,
  • Mão Morta,
  • Marante,
  • Maria João&Mário Laginha,
  • Mário Fernandes,
  • Mariza,
  • Ménito Ramos,
  • Mesa,
  • Miguel&André,
  • Miguel Guedes (em nome individual),
  • Mind da Gap,
  • Místicos,
  • Mónica Sintra,
  • Paula Teixeira,
  • Paulo Ribeiro,
  • Pedro Abrunhosa,
  • Pedro Ayres Magalhães,
  • Pedro Oliveira,
  • Pedro Osório,
  • Quatro Cantos,
  • Quim Barreiros,
  • Quinta do Bill,
  • Rádio Macau,
  • Rita Guerra,
  • Rodrigo Leão,
  • Rosita,
  • Rui Bandeira,
  • Rui Veloso,
  • Santamaria,
  • Sérgio Godinho,
  • Teresa Tapadas,
  • The Gift,
  • Toranja,
  • Toy,
  • Tozé Brito,
  • UHF,
  • Vitorino,
  • Wraygunn,
  • Xutos e Pntapés,
  • X-Wife e
  • Zé Peixoto.

Por favor, e peço-vos que metam a mão na consciência: Quem é a pessoa com com alguma inteligência que se vai a meter a fazer download de músicas da Ágata? Ou da Rosita? Ou do Agrupamento Musical Diapasão? Ou pior, do Iran Costa?

10º - Ora vejamos:

Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Choque Tecnológico por água abaixo –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu

Fim da Pirataria –> Menos Utilizadores da Internet –> Menos lucros dos ISP's –> PT apresenta prejuízo -> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu

Fim da Pirataria –> Aumento dos Processos que se acumulam nos tribunais –> Justiça mais lenta –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu

Fim da Pirataria –> As pessoas não vão comprar Cd's só porque a pirataria "acaba" ou diminui podendo mesmo criar uma certa "revolta" contra as editoras e afins –> O povo começa a cagar para os artistas –> Menos lucros para editoras e artistas –> Mundo da música e não só com dificuldades –> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu


Continuamos...?

11º - Ok, concordo que os direitos de autor têm que ser protegidos.

Mas não concordo que um simples CD de música cujo custo de fabrico ronda 1 euro, seja vendido por 15/20 euros, em que apenas cerca de 2 euros vão para os artistas.

E ainda têm a lata de chamar piratas a nós?

12º - Concluindo, não se deixem vencer pelo medo.

Não digo para olharem para o lado caso recebam essas cartas, mas sim que se informem e que pesquisem as maneiras legais de se fazer o correcto.

Informem e mantenham-se informados, pois basta haver um decréscimo dos utilizadores deste tipo para essas empresas pensarem que podem fazer tudo e que podem ganhar.

Eu posso considerar-me culpado, mas sou culpado, não por fazer downloads de musicas e filmes mas pelo facto de fazer parte da classe média que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, e ainda faz um sacrifício enorme em pagar 60€ pela Internet, mais não sei quantos euros pela tvcabo, mais não sei quantos euros pelo telefone, mais não sei quantos euros pela assinatura mensal do telefone, e de trabalhar de sol a sol.

Mas NÃO SOU CULPADO, pelos roubos de ministros, deputados, e administradores de empresas estatais, pelos buracos financeiros que causaram a empresas estatais.

NÃO SOU CULPADO, pelo buraco financeiro em que o pais se encontra, e muito menos pelo valor do défice 6,8.

Agora só vos peço para levarem a vossa vida atrás do computador calmamente, não castiguem os vossos filhos por algo que não estão a fazer, e acima de tudo, divulguem toda esta informação, para que essas empresas que vêm do estrangeiro, não pensem que somos uma cambada de saloios e que nos podem meter medo! "

05 abril 2006 

SIMPLEX 2006

Ora pois bem, cá vai mais um "outro comentário", agora sobre mais uma medida do "nosso" governo.

Antes de mais, só deixar um pensamento, que se isto continua com este ritmo, por questões de agenda, não irei conseguir explicar ou opinar sobre outros assuntos, o que, gostaria de fazer.

Mas indo de encontro ao tema.

Tive o "prazer" de ler, ainda que não todo, um bom bocado do SIMPLEX (para os mais distraídos, ou menos interessados aqui fica o link para o documento).

E sendo eu da área de sistemas de informação, já há uns bons anos, modéstia à parte, é, no mínimo frustrante, ver que, e por experiência profissional, um trabalho deste tipo, que deve ter consumido bastantes recursos, e para chegar à conclusão de coisas tão simples.

Eu, na minha pequenina insignificância, já não consigo perceber, e podem dizer à vontade que é por não querer ou não ter que, como é possível, nos tempos de hoje, se quiser aceder a um simples papel (papel, qual papel. Haaaa o papel), ter de me deslocar a um qualquer espaço físico, para na maioria dos casos, à posteriori proceder ao seu preenchimento, e ter de voltar ao ponto de partida para o entregar.

Não consigo perceber, mas quando isto me afecta directamente, fico irritado (é claro que fico irritado), e parto à partida com um mau feitio, que se por azar o Sr. funcionário público, não tiver um bocadinho de paciência (a ciência da paz) para me aturar, vai dar um daqueles espectáculos que, infelizmente, todos conhecemos nos serviços públicos.

Não é que me considere uma pessoa belicosa ou implicativa, mas a ciência da paz, infelizmente, também tem limites, principalmente em coisas tão básicas.

É que estamos a falar de perder tempo, o que por si só já é mau, mas estamos a falar também de incómodos, deslocações, dinheiro, ou seja, estamos a falar fundamentalmente de toda a nossa saúde, quer física, quer mental, quer social.

Mas com ia dizendo, é impressionante ver que foi necessário “perder” tempo, por parte dos eleitos, entenda-se, para averiguar um conjunto, ao todo 333, de medidas, que se os chefes de serviços quisessem realmente fazer, pelo menos, o seu serviço, bem feito, já teriam chegado a essas conclusões.

Rectifico (pois é para isso que eles lá estão) se quisessem, pelo menos, fazer aquilo que lhes compete, nomeadamente atender o cidadão, e entenda-se por atender, que é atender bem, ou seja, resolver a razão da deslocação do cidadão aquele espaço, e já não digo nem quero utilizar a ideia empresarial, de marketing ou economicista de “satisfazer o cliente”.

Também pela experiência profissional, sei reconhecer que o trabalho que foi feito era realmente necessário (é pena que venha tarde), pois nada, ou muito pouco, existia, e que com os líderes da “nossa” oposição politica actual, que temos e que acabam por fazer uma oposição sem nexo e demagoga, assim como a comunicação social (que intitulando-se de ser o 7º órgão de poder) não houve outra maneira de “dar a conhecer” ao mero cidadão as referidas medidas, a não ser com todo este folclore, com que já começamos a ficar habituados.

Para concluir, ainda bem que “inventaram” (se é que se pode voltar a inventar a roda) este simplex, que entre em vigor rapidamente, fico (ou melhor ficamos) a aguardar que este simplex evolua e que possamos, dentro em breve, deixar somente de ter os impressos on-line e que possamos começar a entrega-los, isso sim, on-line.

03 abril 2006 

PRACE - Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado.


Nos nossos mundos de hoje, qualquer que seja a reorganização que se queira levar a cabo, a mesma está, do ponto de vista teórico, automaticamente justificada.

Ou seja, se quisermos proceder a uma remodelação em que visamos a reestruturação com um ponto de vista (minimizado) de responsabilização e definição clara das competências, descentralizamos e criamos estruturas, ou melhor, aplicamos o velho ditado "de cada macaco no seu galho".

Se, por outro lado, quisermos ter a "nova" visão das coisas em que as sinergias e a chamada economia de escala seja para funcionar, vamos obviamente reestruturar com base na fusão da estrutura, também, em princípio, e segundo as teorias, deixando claras as competências e responsabilidades.

Aquando à uns tempos passei pelo ICEP/IAPMEI, num projecto de consultadoria, era visível o esforço que aquele(s) institutos estavam a fazer para conseguir aquilo que hoje achamos que é normalíssimo, nomeadamente, ter um só departamento que gerisse, entre outros exemplos que poderia aqui mencionar, o imobilizado, pois era coisa que cada unidade orgânica geria por si, gerando obviamente uma duplicidade de critérios incrível e levando a uma falta de estratégia global do(s) instituto(s) que provocava, pelo menos na minha maneira de ver, uma confusão brutal, nomeadamente, e também a mero titulo de exemplo, na contractualização de serviços básicos de manutenção.

Também consegui averiguar que tal acontecia porque as necessidades, de aquando estavam separados, eram efectivamente diferentes, ou melhor, com a dispersão geográfica, as necessidades daquele imobilizado era diferente no tempo e na forma, e assim só quem estava no seu local poderia ter a real percepção do que era efectivamente necessário.

Nos dias de hoje, e com as necessidades efectivas que Portugal atravessa, acho que é realmente necessário que a reestruturação passe por criar sinergias para aplicar uma economia de escala.
Há que, cada vez mais, ter uma visão supra estratégica, de macro gestão, que leve à "inter-gestão", ou seja, que tenha como base, por exemplo, a gestão inter-municipal, inter-departamental, inter-organizacional, inter-, inter-, inter-. Pois só assim conseguiremos caminhar todos, a uma só voz, e com o mesmo objectivo.

Mais que não fosse, por esta minha ordem de ideias, este conjunto de medidas agora lançadas, o PRACE, parece-me bem.

31 março 2006 

Quotas - Paridade

Sou, por principio, como muitas outras pessoas, contra a obrigatoriedade de quotas de generos nas listas para cargospoliticos.

De entre muitas opiniões que li e ouvi, umas mais coerentes que outras, umas mais válidas que outras leva-me acabar por ter uma opinião e uma maneira de ver o assunto muito simples:

Quando, em pequeno, não queria ir á escola, e penso que isto é bastante frequente nas crianças, os meus pais tentavam-me convencer explicando as vantagens que isso me iria trazer no futuro.

Mas sejamos claros o convencer era um mero proforma e maneira de tentar resolver o problema a bem, pois por mais que não fosse aquela a minha vontade eles ir-me-iam sempre obrigavar.

Ainda bem que o fizeram.

Bem ou mal, como em muitas outras coisas, eles estavam certos.

Da mesma maneira fui obrigado a muitas outras coisas que naquela altura não percebia ou não concordava, mas é a lei da vida.

Governar passa também por ter de nos obrigar a ir pelo caminho certo. Nem sempre com as medidas com que concordamos, maspronto o sistema democrático, não sendo perfeito, é o melhor que temos.

 

Termo de Abertura

Serve o presente blog para ir de encontro à necessidade que todos temos de expressar as nossas opiniões.

Assim e recurrendo a este meio de comunicação, optei por abrir um blog, que pertendo manter com os contributos de todos, sobre ideologias, maneiras de pensar e de ver os assuntos do nosso quatidiano.

Desde já um voto de boa sorte para mim.

Mas mais importante um pedido de ajuda, a todos os que por aqui passarem, para que com as v/ opiniões e comentários possamos elevar o debate de ideias.

Pedro Casado.